O Surf & Rescue, projeto único em Portugal que une o Surf e o Salvamento Aquático, está de regresso às praias nacionais pelo 3º ano consecutivo, e teve a sua estreia na Praia da Lagoa de Albufeira, em Sesimbra.
A Praia da Lagoa de Albufeira, em Sesimbra, foi palco esta quarta-feira da primeira ação da iniciativa ‘Surf & Rescue’ de 2022, fruto de uma parceria entre a Associação de Escolas de Surf de Portugal (AESP), o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e a Fundação Vodafone Portugal. A meta principal do projeto passa por reforçar a segurança nas praias portugueses, envolvendo os surfistas no processo.
“É verdade que a grande maioria das nossas praias estão equipadas ao nível da vigilância e salvamento balnear, durante a época balnear, mas quanto mais gente houver envolvida no processo, certamente mais vidas se poderão salvar. É importante preparar e formar os surfistas para que possam servir de auxílio e complementarem os dispositivos de segurança já existentes. No fundo, é fazerem o que já fazem durante o ano, ajudar a salvar pessoas, mas assim mais preparados do que nunca”, referiu o Comandante João Henriques Pombo, Chefe do Serviço de Assistência a Banhistas do ISN.
A formação, que decorreu entre as 9:00 e as 18:00 horas, contou com 20 participantes, desde surfistas, treinadores, outros membros e trabalhadores de Escolas e Clubes de Surfing e ainda nadadores salvadores. A ação dividiu-se entre uma parte teórica, em terra, e outra prática, no mar e na Lagoa de Albufeira, onde foram ensaiadas táticas e técnicas de salvamento. Apesar das condições difíceis, com vento forte e ondulação de 2 metros, a ação ficou marcada por boa disposição e pela partilha de conhecimentos entre surfistas e nadadores salvadores. No final, ficou o sentimento de dever cumprido, de quem organizou e de quem aprendeu. “O nosso grande objetivo é dotar os surfistas e a comunidade das Escolas de Surf nacional, de preparação e conhecimentos nas áreas do suporte básico de vida e do resgate de vítimas. É algo que já fazem, normalmente, sobretudo fora da época balnear. Com esta formação ficarão mais aptos a tomarem as melhores decisões num determinado momento de aflição, aprendendo técnicas de resgate, de primeiros socorros e de Suporte Básico de Vida. Saber das suas experiências neste tipo de situações também é importante para nós, de forma a melhorarmos a iniciativa no futuro”, explicou Afonso Teixeira, Diretor Executivo da Associação de Escolas de Surf de Portugal.